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sábado, 17 de abril de 2010

OGUM


Ogum era casado com Iansã e tinham uma convivência perfeita, até o dia em que o irmão de Ogum, Xangô, foi visitá-los. Assim que conheceu a cunhada, tomou-se de amores por ela e passou a freqüentar a casa com assiduidade. Aos poucos se insinuava para a mulher que a cada dia ficava mais envolvida pelas belas palavras do cunhado. Um dia, aproveitando-se da ausência do irmão pediu que Iansã prepara-se um amalá para ele, pois tinha muita saudade dessa comida e há tempos não conseguia ninguém que a fizesse. Assim que o prato ficou pronto, Xangô aspergiu um pó mágico sobre ele e pediu que a moça também comesse. Sem desconfiar de nada, Iansã sentou-se e dividiu a refeição com o cunhado. No mesmo instante passou a cuspir fogo pela boca a cada palavra que dizia, apavorada percebeu que tinha sido enganada, esse dom era de Xangô e ele o havia dividido com ela, essa artimanha fez com que se apaixonasse imediatamente entregando-se sem reservas. . Ogum ao regressar de uma viagem, encontrou-os em pleno idílio amoroso e violentamente os colocou para fora, dizendo nunca mais querer vê-los. A partir desse dia tornou-se um andarilho. Xangô levou Iansã para seu reino e até hoje vivem juntos e felizes, ele o senhor dos raios e trovões. Ela senhora das tempestades.




Filho de Oduduia, rei de Ifé, Ogum tornou-se rei após uma inexplicável cegueira que acometeu seu pai. Galante e namorador foi marido de Iansã, Oxum e Obá, futuras esposas de Xangô. Durante seu reinado apossou-se da cidade de Irê, matando o monarca e colocando seu Filho no trono, voltou à sua terra e durante anos reinou com tranquilidade. Um dia resolveu voltar a Irê para visitar o filho. Após uma longa viagem deparou-se, no entanto, com uma cerimônia religiosa, muito conhecida na época, na qual se exigia que todos mantivessem absoluto silêncio. Sem lembrar-se desse preceito, saiu pelas ruas tentando falar com alguém sem obter nenhuma resposta. Com fome e sede, andou irritado pela cidade sentindo-se desprezado. Em vários lugares encontrou vários potes de vinho, mas ao abrí-los viu que estavam todos vazios. Isso o deixou mais nervoso, então tirou a espada e começou a quebrar tudo que estava a sua volta. Os habitantes, mesmo em silêncio, tentaram controlar sua fúria. Mas quem segura a ira de Ogum? Todos foram degolados e quantos mais chegavam, mais mortes ocorriam. A cidade cobriu-se de sangue e luto. Passada a cerimônia, veio o filho e explicou-lhe o que havia ocorrido. Ninguém o desprezara, ali todos o amavam, fora um mal entendido ocasionado pelo tabu religioso. Ogum desgostoso pelo que fizera chorou muito e arrependeu-se profundamente de haver matado tantos súditos do reino. E tão ferido ficou com o acontecido que pegou sua enorme espada e cravou-a no chão com imensa força. Ouviu-se um grande estrondo e Ogum desapareceu nas entranhas da terra, tornando-se assim orixá.

ORIXÁ da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.


Em muitas lendas aparece como irmão de Oxósse e Exú. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção.

Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a terça-feira.

Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.

É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.


O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM

Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções.

São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

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