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mó júbà ( meus respeitos)



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terça-feira, 27 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

ABÍKÚ


ABIKU & ABIAXÉ
A palavra Abiku quer dizer “aquele que vive e morre e vive novamente” ou ainda “nascido para morrer”.

Os Abikús são crianças que trazem a marca da “morte” ainda no ventre materno. Os yorubás acreditam que os Abikús já trazem consigo o dia e a hora em que vão retornar para o “outro lado da vida”.

De um modo geral, esse tempo é determinado entre o nascimento e os 7(sete) anos de vida. Na Nigéria assim que nasce um Abikú são tomadas providências imediatas para que essas crianças permaneçam vivas aqui no aiyé, ou seja, na terra.

Segue algumas das providências que são tomadas: assim que nasce a criança Abikú é levada e banhada num rio para que sejam afastados os espíritos que possam acompanhar essa criança. Depois são feitas várias pinturas em determinadas partes do corpo da criança Abikú e são postos em suas pernas, braços e pulsos diversos amuletos que também servem para neutralizar os antepassados Abikús dessa criança.

Na verdade, só se nasce Abikú se tiver antepassado Abikú.

Agora, o que seria um Àbíasé?

O Àbíasé é a pessoa que recebeu todo o axé de feitura ainda na barriga da mãe, ou seja, quando a mãe estava recolhida, ela estava grávida. Daí esta criança ao nascer ser denominada de Àbíasé, não precisando portanto ser iniciada pois, como dizem dentro do culto, “já nasceu feita”.

OXUM


ÒSUN (OXUM) - ORIGEM DO NOME DE OSOGBO
Òsun é o orixá considerado mãe da água doce e senhora do ouro.

O arquétipo das filhas de Òsun é o das mulheres graciosas e elegantes gostando do conforto, bom gosto e tendo um toque aristocrático em tudo que fazem.

Òsun também chamada de Iyalóòide em Osogbò, na Nigéria, onde iyá= "mãe" e lóòde="rainha de todos os rios".

Òsun tem fundamentalmente seus axés nas pedras do Rio Osun, nas jóias de cobre e num pente de tartaruga. O amor de Òsun pelo cobre, o metal mais precioso do país yorubá nos tempos antigos é mencionado nas saudações que assim lhe são dirigidas:

“Mulher elegante que tem jóias de cobre maciço.
É uma cliente dos mercadores de cobre.
Òsun limpa suas jóias de cobre antes de limpar seus filhos.”

No Brasil, Òsun foi ligada ao ouro, isso devido a esse metal ser de grande importância para a confecção de jóias, uma das paixões de Òsun.

A cidade de Osogbò recebeu este nome depois que Laro, após muitas atribuições, veio instalar-se às margens do rio Òsun. Laro achou aquele local ideal para estabelecer uma cidade e ali fixar seu povo. Dias depois, uma das suas filhas foi banhar-se no rio e desapareceu sob as águas. No dia seguinte, ela retornou muito bem vestida e enfeitada com muitas jóias, dizendo ter sido muito bem tratada pela divindade do rio. Agradecendo então o regresso de sua filha, Laro dedicou à Òsun muitas oferendas e numerosos peixes. Mensageiros da divindade vieram comer em sinal de aceitação às oferendas que Laro havia depositado nas águas. Um grande peixe cuspiu-lhe água e ele a recolheu numa cabaça e bebeu: estava selada a aliança entre Òsun & Laro. Este peixe saltou sobre as mãos de Laro e a partir desse momento recebeu o título de Ataoejá ou Atáoja, que quer dizer “aquele que recebe o peixe (ejá)”e declarou Òsun Gbó ou “Òsun está em estado de maturidade”.

Essa foi a origem do nome da cidade de Òsogbo, onde até os dias de hoje encontram-se os descendentes de Laro que honram o pacto feito no passado.

MINHA MÃE FRINEIA DE IEMAJA OGUNTÉ


A wo àrùn fún olomo má gba èjé
Yemoja a tún orí eni tí kò sunwòn se
Túbò tún orí mi se kalé o.

Báálé !
Yemanjá, de dentro das água, responde com o bem.
Minha mãe,
Que pode ser chamada para trazer prosperidade.
A que sorri elegantemente.
Você é minha senhora.
Louváveis são os passos de seus pés.
Dona do meu orí.
A água que traz prosperidade não falta em nossa casa.
Água em abundância.
Yemanjá,firme como a montanha,nela podemos nos apoiar.
Possui casa formada por muitas águas.
Orixá que cura doenças com água fria.
Que cura as doenças sem pedir sangue aos familiares do doente.
Yemanjá, que melhora o mau ori.
Melhora mais e mais o meu ori, até o fim da minha vida.

=======


Agbe ni igbe're ki Yemoja Ibikeji odo.
Aluko ni igbe're k'losa, ibikeji odo.
Ogbo odidere i igbe're k'oniwo.
Omo at'Orun gbe 'gba aje ka'ri w'aiye.
Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko, Olugbe-rere ko,
Gbe rere ko ni olu-gbe-rere

É o pássaro que leva fortuna boa ao Espírito da Mãe da Pesca, a Deusa do Mar.
É o pássaro Aluko que leva fortuna boa ao Espírito da Lagoa, o Assistente para a Deusa do Mar.
É o papagaio que leva fortuna boa ao Chefe de Iwo.
É crianças que trazem fortuna boa de Céu para Terra.
Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas, Ó Grande que dá coisas boas.
Me dê Coisas Boas do Grande que dá Coisas Boas

Ase!
Assim seja

MINHA MÃE DE SANTO MINHA VIDA TE ADOROOOOOOO


OBRIGADA!!!MINHA POR A SENHORA TE UM ORIXA MUITO LINDO E POR SEU ORIXÁ MIM ESCOLHE PRA CUIDA DELE.

A MINHA RAIZES O MEU AVO COM OYA PAI MILTON





OSSAIN


Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain (como se escreve habitualmente), ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas). Seria de ambos os sexos assim como Oxumarê, segundo alguns pesquisadores 6 meses seria homem e 6 meses seria mulher. Ossaniyn, Oxumarê e Obaluayê são filhos de Nanã com Oxalá.

Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, chamadas de folha sagrada, que são utilizadas numa mistura especial chamada de abô. Muitas vezes, é representado com uma única perna. Cada orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ela nenhuma cerimônia é possível.

Ferramenta: sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Cores: Verde e branco
Fio-de-contas verde, branco com lista vermelha.
Animais: Bode e galo
Saudação: Ewê ô!
Itan de Osanyin
Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. Ossanyin sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossanyin para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.

Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar Osanyin a propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto.

O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.

Os orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor/senhora do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.

OSSAIN


Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain (como se escreve habitualmente), ou Ossanha (na Umbanda) que é o Orixá das ervas, no candomblé Jeje é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas, no Candomblé Bantu é chamado de Katendê, Senhor das insabas (folhas). Seria de ambos os sexos assim como Oxumarê, segundo alguns pesquisadores 6 meses seria homem e 6 meses seria mulher. Ossaniyn, Oxumarê e Obaluayê são filhos de Nanã com Oxalá.

Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, chamadas de folha sagrada, que são utilizadas numa mistura especial chamada de abô. Muitas vezes, é representado com uma única perna. Cada orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ela nenhuma cerimônia é possível.

Ferramenta: sua ferramenta tem uma haste central com um pássaro na ponta, do meio dessa haste saem sete pontas.
Cores: Verde e branco
Fio-de-contas verde, branco com lista vermelha.
Animais: Bode e galo
Saudação: Ewê ô!
Itan de Osanyin
Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas. Ossanyin sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidente. Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossanyin para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.

Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar Osanyin a propriedade das folhas. Falou dos planos à sua esposa Iansã, explicou-lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais poderosas. --Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a missão com muito gosto.

O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para longe e todas as folhas voaram.

Os orixás se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Osanyin permaneceu "senhor/senhora do segredo" de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graças ao poder (axé) que possui sobre elas.

OGUM


Ogum era casado com Iansã e tinham uma convivência perfeita, até o dia em que o irmão de Ogum, Xangô, foi visitá-los. Assim que conheceu a cunhada, tomou-se de amores por ela e passou a freqüentar a casa com assiduidade. Aos poucos se insinuava para a mulher que a cada dia ficava mais envolvida pelas belas palavras do cunhado. Um dia, aproveitando-se da ausência do irmão pediu que Iansã prepara-se um amalá para ele, pois tinha muita saudade dessa comida e há tempos não conseguia ninguém que a fizesse. Assim que o prato ficou pronto, Xangô aspergiu um pó mágico sobre ele e pediu que a moça também comesse. Sem desconfiar de nada, Iansã sentou-se e dividiu a refeição com o cunhado. No mesmo instante passou a cuspir fogo pela boca a cada palavra que dizia, apavorada percebeu que tinha sido enganada, esse dom era de Xangô e ele o havia dividido com ela, essa artimanha fez com que se apaixonasse imediatamente entregando-se sem reservas. . Ogum ao regressar de uma viagem, encontrou-os em pleno idílio amoroso e violentamente os colocou para fora, dizendo nunca mais querer vê-los. A partir desse dia tornou-se um andarilho. Xangô levou Iansã para seu reino e até hoje vivem juntos e felizes, ele o senhor dos raios e trovões. Ela senhora das tempestades.




Filho de Oduduia, rei de Ifé, Ogum tornou-se rei após uma inexplicável cegueira que acometeu seu pai. Galante e namorador foi marido de Iansã, Oxum e Obá, futuras esposas de Xangô. Durante seu reinado apossou-se da cidade de Irê, matando o monarca e colocando seu Filho no trono, voltou à sua terra e durante anos reinou com tranquilidade. Um dia resolveu voltar a Irê para visitar o filho. Após uma longa viagem deparou-se, no entanto, com uma cerimônia religiosa, muito conhecida na época, na qual se exigia que todos mantivessem absoluto silêncio. Sem lembrar-se desse preceito, saiu pelas ruas tentando falar com alguém sem obter nenhuma resposta. Com fome e sede, andou irritado pela cidade sentindo-se desprezado. Em vários lugares encontrou vários potes de vinho, mas ao abrí-los viu que estavam todos vazios. Isso o deixou mais nervoso, então tirou a espada e começou a quebrar tudo que estava a sua volta. Os habitantes, mesmo em silêncio, tentaram controlar sua fúria. Mas quem segura a ira de Ogum? Todos foram degolados e quantos mais chegavam, mais mortes ocorriam. A cidade cobriu-se de sangue e luto. Passada a cerimônia, veio o filho e explicou-lhe o que havia ocorrido. Ninguém o desprezara, ali todos o amavam, fora um mal entendido ocasionado pelo tabu religioso. Ogum desgostoso pelo que fizera chorou muito e arrependeu-se profundamente de haver matado tantos súditos do reino. E tão ferido ficou com o acontecido que pegou sua enorme espada e cravou-a no chão com imensa força. Ouviu-se um grande estrondo e Ogum desapareceu nas entranhas da terra, tornando-se assim orixá.

ORIXÁ da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.


Em muitas lendas aparece como irmão de Oxósse e Exú. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção.

Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a terça-feira.

Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.

É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.


O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM

Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções.

São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

Exu sempre foi ranzinza e encrenqueiro, adorava provocar confusões e fazia brincadeiras que deixavam a todos confusos e irritados. Certa manhã acordou desalentado, afinal quem era ele? Não fazia nada, não tinha poder algum, perambulava pelo mundo sem ter qualquer motivação. Isso não estava correto. Todos os orixás trabalhavam muito e tinham seus campos de atuação bem definidos e para ele nada fora reservado. Essa injustiça ele não iria tolerar. Arrumou um pequeno alforje e colocou o pé no mundo. Iria até o Orun exigir explicações. Depois de muito andar, finalmente chegou ao palácio de Olorun. Tudo fechado. Dirigiu-se aos guardas do portão e exigiu uma audiência com o soberano. Eles riram muito. Quem era aquele infeliz para vir ali e exigir qualquer coisa. Exu ficou enfurecido nem os guardas daquela porcaria de palácio o respeitavam. Passou então a gritar impropérios contra o grande criador. Imediatamente foi preso e jogado em uma cela onde ficou imaginando como sair daquela situação. Já estava arrependido de ter vindo, mas não daria o braço a torcer. Iniciou novamente a gritaria e tanto barulho fez que Olorun decidisse falar com ele. Exu explicou o que o trazia ali, falou da injustiça que se achava vitima e exigiu uma compensação. Pacientemente o pai da criação explicou que todos os orixás eram sérios e compenetrados, mas que ele, Exu, só queria saber de confusões e brincadeiras. Então como ousava tentar se igualar aos companheiros? Que fosse embora e não o aborrecesse mais. Era assim? Não prestava para nada? Era guerra? Resolveu fazer o que mais sabia. Comer! Todos sabiam de sua fome incontrolável desde o nascimento. Desceu do Orun e começou a atacar os reinos dos orixás. Comeu as matas de Oxóssi. Bebeu os rios de Oxum. Palitou os dentes com os raios de Xangô. O mar de Iemanjá era muito grande e ele foi bebendo aos poucos. A terra tornou-se árida e prestes a acabar. Por conta disso todos os orixás correram ao palácio em completo desespero. Exu imediatamente foi preso e arrastado novamente até o Orun, desta vez, porém, sentia-se vitorioso. Exigiu ser tratado com respeito e assumir um lugar no panteão divino. Se assim não fosse, nada devolveria e comeria o restante do mundo. Foi feita então uma reunião para se resolver o grande problema. Olorun não poderia julgar sozinho, todos que ali estavam tinham muito a perder. Depois de muita discussão chegaram a um consenso. Exu seria o mensageiro de todos eles, o contato terreno entre os homens e os deuses. Ele gostou, mas ainda perguntou: - E vou morrer de fome? - Nova discussão. Decidiram então que todos os orixás que recebessem oferendas entregariam uma parte a ele. Exu saiu satisfeito, agora sim tinha a importância que merecia, desceu cantarolando e devolvendo pelo caminho tudo que tinha comido. E a paz voltou a terra, mas ficou o recado: Com Exu ninguém pode!

Obá era uma mulher cheia de vigor e coragem.
Faltava-lhe, talvez, um pouco de charme e refinamento.
Mas ela não temia ninguém no mundo.
Seu maior prazer era lutar.
Seu vigor era tal que ela escolheu a luta e o pugilato como profissão.
Obá venceu todas as disputas que foram organizadas entre ela e diversos orixás.
Ela derrubou Obatalá, tirou Oxóssi de combate
e deixou no chão Orunmilá.
Oxumaré não resistiu à sua força.
Ela desafiou Obaluaê e botou Exu pra correr.
Chegou a vez de Ogum!

Ogum teve o cuidado de consultar Ifá, antes da luta.
Os adivinhos lhe disseram para fazer oferendas,
compostas de duzentas espigas de milho e muitos quiabos.
Tudo pisado num pilão para se obter uma massa viscosa e escorregadia.
Esta substância deveria ser depositada num canto do terreno onde eles lutariam.
Ogum seguiu fielmente estas instruções.

Na hora da luta, Obá chegou dizendo:
"O dia do encontro é chegado."
Ogum confirmou:
"Nós lutaremos, então, um contra o outro."

A luta começou.
No início, Obá parecia dominar a situação.
Ogum recuou em direção ao lugar onde ele derramara a oferenda.
Obá pisou na pasta viscosa e escorregou.
Ogum aproveitou para derrubá-la.
Rapidamente, libertou-se do pano que vestia e a possuiu ali mesmo,
tornando-se, desta maneira, seu primeiro marido.

Mais tarde, Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, pois ela era forte e corajosa.
A primeira mulher de Xangô foi Oiá-Iansã, que era bela e fascinante.
A segunda foi Oxum, que era coquete e vaidosa.

Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum.
Ambas disputavam a preferência do amor de Xangô.
Obá sempre procurava aprender o segredo das receitas utilizadas por Oxum
quando esta preparava as refeições de Xangô.
Oxum irritada, decidiu preparar-lhe uma armadilha.
Convidou Obá a vir, um dia de manhã, assistir à preparação de um prato que,
segundo ela, agradava infinitamente a Xangô.
Obá chegou na hora combinada e encontrou Oxum
com um lenço amarrado à cabeça, escondendo as orelhas.
Ela preparava uma sopa para Xangô
onde dois cogumelos flutuavam na superfície do caldo.
Oxum convenceu Obá que se tratava de suas orelhas,
que ela cozinhava, desta forma,
para preparar o prato favorito de Xangô.
Este logo chegou, vaidoso e altivo.
Engoliu, ruidosamente e com deleite, a sopa de cogumelos e
galante e apressado, retirou-se com Oxum para o quarto.

Na semana seguinte, foi a vez de Obá cuidar de Xangô.
Ela decidiu pôr em prática a receita maravilhosa.
Xangô não sentiu nenhum prazer ao ver que Obá se cortara uma das orelhas.
Ele achou repugnante o prato que ela preparara.
Neste momento, Oxum chegou e retirou o lenço,
mostrando à sua rival que suas orelhas não haviam sido cortadas, nem comidas.
Furiosa, Obá precipitou-se sobre Oxum com impetuosidade.
Uma verdadeira luta se seguiu.
Enraivecido, Xangô trovejou sua fúria.
Oxum e Obá, apavoradas, fugiram e transformaram-se em rios.

Até hoje, as águas destes rios são tumultuadas e agitadas no lugar de sua confluência,
em lembrança da briga que opôs Oxum e Obá pelo amor de Xangô.

EKEDJI

Quero falar hoje da concepção de Orí – Cabeça no sentido literal da palavra. Mas, Orí no conceito yorùbá tem outras conotações além da simples cabeça física. Pois, para os Yorùbá existe o Orí-inú – a cabeça interior. Este Orí-inú é aquele que foi moldado por Àjàlá (o Oleiro fazedor de cabeças, descrito na lenda do Orí e a escolha do destino do homem).

Na lenda do Orí e a escolha do destino, conta que Àjàlá fabrica muitas cabeças no ò run e que cada ser humano que vive no òrun – Céu e está para viajar para o Ayé – Terra, vai à casa de Àjálá para escolher o seu Orí. E a vida do homem na terra vai depender crucialmente da escolha do Orí que ele fez. Pois, acredita--se que essa escolha já predestina o homem ao sucesso ou ao fracasso em sua vida no Ayé.

Diz que Àjàlá é dado a tomar umas bebidas e ao ficar meio alto, ao fazer as cabeças Ele erra na composição da argamassa deixando-a fora do padrão necessário para ser moldada, muito arenosa ou excesso de liga. Também cozendo-as, às vezes muito, o que as torna muito rígidas e ressecadas ficando muito duras, queimadas e quebradiças. Ou cozendo-as pouco, deixando-as quebradiças e esfarelentas. Às vezes, as moldando tortas que quando cozidas ficam rotas.

Ao escolher sua cabeça e seguir em direção ao àiyé, o ser humano atravessa vários ambientes como de calor excessivo de desertos: muito frio como das zonas gélidas da terra: zonas onde tem de atravessar tempestades com ventos e chuvas fortes. E se as cabeças não tiverem sido bem confeccionadas elas irão se danificar e ficarão em péssimo estado ao chegarem ao àiyé.

Dependendo do estado em que cheguem, se a cabeça estiver boa aquela pessoa trabalhará, e tudo o que fizer será para si mesmo, podendo prosperar na vida, alcançando o sucesso e a fortuna. Se a cabeça estiver danificada, aquela pessoa trabalhará e tudo o que conseguir será para gastar com os reparos mo seu Orí.

Quando ele não foi muito danificado, os primeiro anos de vida dessa pessoa serão um pouco sacrificados, ela poderá passar por privações e dificuldades em virtude de não conseguir prosperar na vida, pois, tudo o que arrecadar irá para o conserto do seu Orí. Depois que ele terminar os reparos necessários, o que ele fizer será para si próprio, é então quando ele começa a prosperar em sua vida no àiyé.

Outras pessoas têm Orí tão danificados, que por mais que trabalhem na vida, jamais conseguirão consertar os danos do seu Orí. E tudo o que fizerem na vida será para gastar com seu Orí ruim. São aquelas pessoas que passam a vida toda vegetando, nunca conseguem fazer nem concluir as coisas, vivendo sempre na penúria e no aperto nunca possuindo nada de seu e não conseguindo serem felizes por mais que se esforcem, pois, tem um Orí ruim.

Mas, acredita-se que esses consertos podem ser feitos através de oferendas – Eborí – ebo Orí, que ajudarão a restaurar aquele Orí mais depressa, o que pode mudar um pouco essa predestinação.

Não é porque a pessoa tem um bom Orí que ela poderá ficar sentada esperando tudo de bom na vida. Ela está predestinada ao sucesso em sua vida, mas, desde que trabalhe para isso. Seus caminhos estarão sempre abertos para alcançar seus objetivos, esforçando-se para isso. Assim como, não é por ter escolhido um mau Orí que a pessoa tenha que viver na penúria a vida inteira. Ela poderá, através dos ebo reverter esse quadro, se não por completo, mas, em boa parte, pois ela estará resgatando parte da integridade do seu Orí. Mas, também, não será somente através dos ebo que isso será alcançado. Elas também haverão que se esforçar com muito mais força de vontade ainda para superarem suas barreiras. Podem não alcançar o sucesso total, mas, poderão ter uma vida mais amena com algumas realizações e alegrias.

A iniciação na Religião Yorùbá significa o nascimento do Orí-inú dentro do culto aos Òrìsà. É uma maneira de demonstrar que a partir da iniciação aquela pessoa nasceu para a religião e para o sagrado com a confirmação do seu Orí-inú, que passará a ter representação física no àiyé.

Aí, é que começa a história do Igbá Orí (literalmente, cabaça da cabeça, pois os assentamentos eram feitos em cabaças – igbá, daí o nome ter virado sinônimo de assentamento de Òrìsà) a Cabaça do Orí.

Costuma-se fazer assentamentos com as mais variadas coisas para representar o Orí de uma pessoa. Esta variedade de coisas deve-se a que o Orí seja o que individualiza o ser humano. Como no caso das

minha mãe iemanja com minha mãe oxum muito lindo amo meus orixá

minha mãe iemanja com minha mãe oxum muito lindo amo meus orixá

MEU TIO COM ASSÃIN





sexta-feira, 16 de abril de 2010

OXALÁ GUIAN


AMO OS ORIXAS

Em todos os países do mundo numa época ou em outra surgiram e continuam a surgir formas de adivinhação algumas vezes chamadas de oráculos. O i-ching chinês é um oráculo assim como o tarot ocidental ou o jogo de búzios nigeriano. Enquanto o i-ching possui forte base pragmática, o tarot nos remete a conceitos mais românticos. Já o jogo de búzios é talvez o mais objetivo de todos. Imagina-se que este jogo esteja sempre ligado aos cultos afro, o que não é verdade. Isto se deve à forma como ele chegou ao Brasil trazido por sacerdotes yorubás no século XVIII. Na realidade, visto isoladamente, o jogo de búzios em pouco se difere de outros processos divinatórios. Ele é constituído de uma base onde se lançam pequenas conchas. Pela disposição destas conchas ou búzios, o olhador ou ledor, retira a resposta à pergunta formulada por ele mesmo ou por um consulente.
A LÓGICA DO JOGO
O grande humanista suíço C. G. Jung ao estudar os processos de adivinhação, desenvolveu a teoria da sincronicidade ou das coincidências significativas. Por esta teoria ao se tirar cartas, moedas ou em nosso caso, lançar búzios, tendo em mente uma certa questão, há uma interação entre a pessoa que faz o jogo, a formulação feita e a resposta que reside em algum ponto do espaço-tempo. Como tudo ocorre no mesmo instante o nome sincronicidade está bem aplicado.

A ORIGEM DO BÚZIO


Em todos os países do mundo numa época ou em outra surgiram e continuam a surgir formas de adivinhação algumas vezes chamadas de oráculos. O i-ching chinês é um oráculo assim como o tarot ocidental ou o jogo de búzios nigeriano. Enquanto o i-ching possui forte base pragmática, o tarot nos remete a conceitos mais românticos. Já o jogo de búzios é talvez o mais objetivo de todos. Imagina-se que este jogo esteja sempre ligado aos cultos afro, o que não é verdade. Isto se deve à forma como ele chegou ao Brasil trazido por sacerdotes yorubás no século XVIII. Na realidade, visto isoladamente, o jogo de búzios em pouco se difere de outros processos divinatórios. Ele é constituído de uma base onde se lançam pequenas conchas. Pela disposição destas conchas ou búzios, o olhador ou ledor, retira a resposta à pergunta formulada por ele mesmo ou por um consulente.
A LÓGICA DO JOGO
O grande humanista suíço C. G. Jung ao estudar os processos de adivinhação, desenvolveu a teoria da sincronicidade ou das coincidências significativas. Por esta teoria ao se tirar cartas, moedas ou em nosso caso, lançar búzios, tendo em mente uma certa questão, há uma interação entre a pessoa que faz o jogo, a formulação feita e a resposta que reside em algum ponto do espaço-tempo. Como tudo ocorre no mesmo instante o nome sincronicidade está bem aplicado.

Sobre Odu
Os Odu principais são 16. A combinação entre eles origina mais 16 num total de 256 conhecidos como omo odus.
Conheça um pouco mais sobre cada Odu
1. OKANRAN MEJI Odu regido por Èsú. Você parece ser agressivo, mas na verdade está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha. Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado para não arrumar inimigos à toa. Seu lado negativo implica grandes sustos na vida, grandes perigos, prisão, roubo, ruína, perda de tudo, ambição e intrigas.
Sentença: Para que o mundo exista, tem que haver o bem e o mal.
2. EJIOKO Odu regido por Ibeji e Ògún. Você se mostra calmo no comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre exitem dúvidas. Não tenha medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará recebendo bons conselhos. Regidos por este odu têm personalidade marcante. Geralmente são criaturas tensas e nervosas, ávidas de vitória não importando a luta e sacrifício que terão de enfrentar para alcançarem a vitória, pessoas sinceras e que não aceitam a falsidade. Seu lado negativo traz prisões, brigas, casos de justiça, desfechos perigosos na situações da vida e crimes.
Sentença: A guerra começa entre dois irmãos.
3. ETÁOGUNDÁ Odu regido por Ògún e Obalúwàiyé. A obstinação que se traduz em agitação e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, consiguirá o que mais anseia: o poder e o sucesso. Seu lado negativo traz a inveja, normalmente vecem as situações com dificuldades, falta de sorte no amor, morte com familiar e situações onde possa haver feitiços com a pessoa.
Sentença: A tragédia sempre é ocasionada por alguma coisa.
4. IROSSUN MEJI Odu regido por Yemonja e pelos eguns. Sempre sereno e disposto a ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resouver situações confusas ou tumultuadas. Tem plena conciência da sua força moral e não hesita em usá-la para atingir todas as suas metas. Pessoas francas, geralmente "mão aberta" pra dinheiro e que não gostam de ver ninguém "chorando" miséria. Pessoas gratas que gostam de ajudar e têm gosto pelo oculto, mistério e misticismo. Seu lado negativo traz a calúnia, a difamação, traições e indecisões. No caso de mulheres em busca de relacionamento difilmente terão hesito.
Sentença: Ninguém conhece os segredos guardados pelo oceano.
5. OSÉ MEJI Odu regido por Òsún. Sensível e sempre atento, você é uma pessoa sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos quais você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua liberdade e, sobretudo, seu crescimento. Pessoas vaidosas e que se interessam muito pelo ocultismo além de grande força espiritual. Desenvolvendo a espiritualidade tornam-se grandes feitiçeiros. Normalmente ocupam cargos importantes dentro do culto de òrìsà. Seu lado negativo implica a falsidade, promessa de pessoas influentes com desfecho infeliz, ambição, fracassos amorosos e a ilusão de viver situações fantasiosas.
Sentença: É sangue o que corre em nossas veias.
6. OBARÁ MEJI Odu regido por Sòngó, Òsóòssi e Lògún Ode. Você luta com unhas e dentes pelo que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa entender que não pode exigir demais dos outros. A possibilidade de riqueza e progresso são uma constante neste odu. Seu lado negativo traz a calúnia, roubos, inveja, o que, normalmente, causam nas outras pessoas mesmo sem ter nada. Bem cultuado na vida pode trazer soluções ineperadas e auxílio de onde não se espera o que pode ainda ser o caminho de grande melhora de vida.
Sentença: Rei morto, príncipe coroado.
7. ODI MEJI Odu regido por Obalúwàiyé, Èsú e Òsóòssi . Você realmente está satisfeito com o que consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza seus objetivos, alacançará grandes êxitos. Seu lado negativo traz o desgosto pela vida, a perda da virgindade precoce, no caso de doentes traz o perigo de morte, perseguição, perda rápida daquilo que se conquista, e dificulade para se fixar em objetivos. Pessoas qu não temem a morte e bons feitiçeiros.
Sentença: Um pequeno buraco é indício de que existe uma saída.
8. EJIONILE Odu regido por Òsóògìnyón. Sua agilidade mental faz de você uma pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e chega a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o empede de prejudicar quem quer que seja. Seu lado negativo traz a perseguição de pessoas perversas, intrigas, brigas, fofocas, ódio acumulado no íntimo da pessoa e sede por vingança contagiante. Sendo regido pelo deus da "guerra", quando seu lado negativo é tratado terá a pessoa a conquista de grandes vitórias.
Sentença: A cabeça comanda o corpo. Um só rei governa o povo.
9. OSSÁ MEJI Odu regido por Oyá e Yemonja. Você é uma pessoa que gosta de estudar cuidadosamente todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do conhecimento interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado de manter alguma ordem no seu dia a dia. Seu lado negativo traz grandes desastres, perseguição e situações na vida de perdas onde não se espera acontecer. Quando se vai, seus nativos já estão vindo. Grande espiritualidade o que torna a pessoa muito adequada ao culto de òrìsà. Estas pessoas tem grande satisfação em viver os prazeres da vida.
Sentença: Por vezes a loucura não passa de conveniência.
10. OFUN Odu regido por Osólúfón. Seu jeitão rabugento é apenas um escudo para que os outros não abusem da sua vontade e da sua sensibilidade. No fundo, você é uma pessoa serena, que se adapta aos autos e baixos da vida. Pessoas caridosas, humanas, pacientes e que geralmente entendem seus problemas assumindo assim a liderança de ajuda para quem dele precisa. Seu lado negativo implica a morte por doenças e principalmente da região do abdômen, feitiços e grande demora ao alcance dos objetivos e da persepção de situações sejam favoráveis ou não. Seus nativos atraem o lado negativo deste caminho para a vida quando fazem usode roupas pretas.
Sentença: É a agulha que carrega a linha.
11. OWANRIN Odu regido por Omolu, Oyá e Èsú. A pressa e a coragem são suas características. Tenso e agitado, você nunca fica muito tempo no mesmo lugar, a não ser que se sinta obrigado. Pode não obter grande sucesso material, mas a vida sempre lhe reserva muitas alegrias. Seu lado negativo traz perturbações, dúvidas, infelicidades, atrai pessoas de má influência, tendência para a mendicância e para os vícios, participação em casos baixos com envolvimento de polícia e casos de justiça além de falta de sentimento para questões na vida.
Sentença: Pegar água num cesto é trabalhar inutilmente.
12. EJILASEBORÁ Odu regido por Sòngó e Airá. Sua principal virtude é o amor à justiça, que algumas vezes se transforma em intolerância com os erros alheios. Nessas ocasiões, você deve se voltar para outras de suas qualidades: a dedicação, que lhe permite ajudar todas as pessoas. São pessoas agradáveis, boas e simpáticas, porém muito sovinas. Seu lado negativo implica tendência acentuada para o vício do alcoolismo, progresso e sucesso rápido com perda mais rápida ainda e situações de perda por roubo. Se for homem, pode ainda, causar grandes perdas por mulher interesseira e envolvimento em casos de justiça.
Sentença: Quando não existe guerra o soldado não morre.
13. EJI-OLOGBON Odu regido por Nàná e Obalúwàiyé. Você está quase sempre um pouco deprimido. Só faz o que quer quando quer o como quer. Mas, como tem grande capacidade de reflexão, acaba se adaptando e consegue viver bem com os outros. Seu lado negativo traz a falta de sorte no amor, difuculdades para êxito nos objetivos, atração para pessoas com vingança por feitiços, inveja e muita dúvida para tomar decisões. Pessoas com espiritualidade delicada com grande necessidade de trato constante ao Ori.
Sentença: Quando existe enfermidade o sangue adoece.
14. IKÁ MEJI Odu regido por Òsùmàrè e Yewá. Paciência sabedoria são suas principais características. Versátil, você se dá bem em qualquer atividade. Poderá passar por provações materiais e sentimentais, mas sempre saberá reencontrar o caminho para felicidade. Com seus nativos é sempre bom ter muita cautela por se tratarem de pessoas com opinião inconstante de onde pode se esperar tudo. São pessoas difíceis de lidar. Tem o viço da juventude e o carisma de um olhar malicioso e pentrante, perigoso, com pensamentos intensos. Gostam de aproveitar os prazer da vida intensamente. Se adaptam facilmente a uma situação e dela tiram sempre proveito ou experiência. Seu lado negativo traz arrependimento por oportunidades perdidas, doenças passageiras e dificuldades financeiras.
Sentença: Quando chove o sapo se abriga em baixo da pedra.
15. OGBÉ-OGUNDÁ Regido por Lògún Ode, Yewá e Oba. Você uma pessoa rebelde e cheia de vontades, que muitas vezes não resiste a defender seu ponto de vista mesmo depois que percebe que está errado. Por isso, deve tomar cuidado para não se deixar dominar pelo nervosismo. Pessoas ricas de bons sentimentos e muito seletivos na escolha de relacionamentos. Têm personalidade dúbia, nunca se firmando no que querem realmente. Sei lado negativo traz a briga, problemas de saúde relacionado as pernas, disputas e negócios com pouca chance de vitória.
Sentença: A mesma força que movimenta é a que paralisa.
16. ALAFIA Odu regido por Osálás e Òrìsàs Funfun. Suas principais caracteristicas são a tranquilidade e alegria. Amante da paz, você cria um clima de harmonia á sua volta. Se mantiver o equilíbrio, sem dúvida alcançará o sucesso. Pessoas felizes e contagiantes e que têm dificulades de lidar com suas limitações. SEus nativos podem estar tristes e pobres e transformam tal situação com grande êxito de maneira repentina. Seu lado negativo é grandioso quando estas pessoas tendem a resistir e não tolerar as situações da vida, insistindo demais em assuntos que a pessoa mesmo não acredita.

FAMILIA DE SANTO





MEU ASÉ MINHA VIDA





Manual do bom Yaô
O BÊ-A-BÁ DO BOM FILHO DE SANTO


O Yawo ao chegar ao barracão, o procedimento correto é: a) Amarrar um pano no peito (mulheres) ou na cintura (homens); b) Ir direto para a cozinha beber um copo d’água para esfriar o corpo da rua, sem fazer paradas, não falar com ninguém para bater-papo e colocar a fofoca em dia; c) Tomar seu banho e ir trocar de roupa; d) Bater cabeça no axé, na porta do quarto de santo e pro pai de santo; e) Tomar a benção a TODOS os seus irmãos, sendo mais velhos e mais novos, de acordo com a ordem iniciática. Agora sim, caso não haja nada em que se possa ajudar (muito embora seja impossível, pois em uma casa de santo sempre tem algo a ser feito), depois pode ir colocar seu tricô em dia.

O Yawo se dormir no Terreiro deve levantar antes do sol nascer ou junto com o nascer do sol.


O Yawo ao levantar não deve falar com ninguém, deve antes lavar seu rosto e boca, isso é para apagar os vestígios ou traços espirituais que eventualmente tivesse vindo rondá-lo durante a noite a fim de colher nos seus lábios o mingau das almas numa possível alimentação.


O Yawo não deve falar mal e nem dar ouvidos aos que ensaie uma conversa contra a casa de santo ou seus sacerdotes e sim enaltecer para agradar as forças de sua fonte.



O Yawo não deve ocultar coisas que venha trazer prejuízo para a casa de Santo, deve expor o fato em tom normal sem demonstração de disse-me-disse.

O Yawo não de ouvir maldade e sim enaltecer sua casa.



O Yawo não deve fumar na frente de Seu Zelador, e dos mas velhos que visite sua casa.


O Yawo nunca fica de pé em frente ao Pai de Santo e sim agachado, com a cabeça baixa.
O Yawo nunca interrompe o Zelador quando estiver conversando com alguém. Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de festa ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a palavra. Ai então disser AGÔ (Licença) e esperar ele dizer AGÔ YA. E de cabeça baixa, falar com ele em tom de voz baixa.



O Yawo não deve se portar de maneira desairosa no terreiro, por que do seu comportamento decorre a divulgação e o bom nome da casa.



O Yawo não deve falar mal da casa de santo (nem sua nem dos outros) e nem de seus componentes, isso provocaria a irá do ORIXA e trás a certeza de um pagamento futuro, a EXU a EGUN e as forças da natureza.


O Yawo não deve passar pelo seu pai de santo com a cabeça erguida, e sim um pouco curvado para frente.

O yawo só pode sentar em Apoti (Banquinho) mediante a autorização do seu Zelador. (Somente raspados podem sentar em apoti)

O Yawo não deve deixar dormir roupa em corda (pois Eguns a noite faz dela sua morada)

O Yawo não deve sentar em soleira de porta.


O Yawo não deve passar embaixo de corda que tenha roupa intima, roupa de baixo, mesmo que estas sejam suas.


Yawo não passa embaixo de escada.


O Yawo não deve pegar sou de Meio-dia, mesmo com cabeça coberta.

O Yawo não deve varrer a casa dos fundos para frente e sim da frente para os fundos.

O Yawo não deve verter (Urinar) ou defecar, em rios, lagos, dentro de d’água, poço ou cachoeira (locais Sagrados).

O Yawo não deve defecar em mato, em cima de plantas votivas.


O yawo não deve cuspir em água de espécie alguma.

O Yawo deve esta com seu contra-egun toda vez que for o barracão.

O Yawo deve sempr e esta com O Ojá

AMIGOS DO CANDOMBLE SEGUNDA PARTE





AMIGOS DO CANDOMBLE ADORO VCS